Pedro Ponce de
León
Pedro Ponce de
León inicia, mundialmente, a história dos Surdos, tal como a conheceu hoje em
dia.
Para além de
fundar uma escola para Surdos, em Madrid, ele dedicou grande parte da sua vida
a ensinar os filhos Surdos, de pessoas nobres, nobres esses que de bom grado
lhe encarregavam os filhos, para que pudessem ter privilégios perante a lei
(assim, a preocupação geral em educar os Surdos, na época, era tão somente econômica).
León desenvolveu um alfabeto manual, que ajudava os Surdos a soletrar as
palavras (há quem defenda a idéia de que esse alfabeto manual foi baseado nos
gestos criados por monges, que comunicavam entre si desta maneira pelo fato de
terem feito voto de silêncio).
Nesta época era
costume que as crianças que recebiam este tipo de educação e tratamento fossem
filhas de pessoas que tinham uma situação econômica boa.
As demais eram
colocadas em asilos com pessoas das mais diversas origens e problemas, pois não
se acreditava que pudessem se desenvolver em função da sua
"anormalidade"
Juan Pablo Bonet,
aproveitando o trabalho iniciado por León, foi estudioso dos Surdos e seu
educador. Escreveu sobre as maneiras de ensinar os Surdos a ler e a falar, por
meio do alfabeto manual. Bonet proibia o uso da língua gestual, optando o
método oral.
John Bulwer,
médico inglês, acreditava que a língua gestual deveria possuir um lugar de
destaque, na educação para os Surdos; foi o primeiro a desenvolver um método
para comunicar com os Surdos. Publicou vários livros, que realçam o uso de
gestos.
John ‘ allis
(1616-1703), educador de Surdos e estudioso da surdez, depois de tentar a
ensinar vários Surdos a falar, desistiu desse método de ensino, dedicando-se
mais ao ensino da escrita. Usava gestos, no seu ensino. George D’algarno
desenvolveu um sistema inovador de dactilologia. Konrah Amman, defensor da
leitura labial, já que considerava que a fala era uma dádiva de Deus que fazia
com que a pessoa fosse humana (não considerava os Surdos que não falavam como
humanos). Amman não fazia uso da língua gestual, pois acreditava que os gestos
atrofiavam a mente, embora os usasse como método de ensino, para atingir a
oralidade.
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